A segunda edição do Covil Independente foi um sucesso. Todas as bandas deram o melhor de si e fizeram da noite de 30 de abril, uma noite fantástica!
O público ainda estava chegando quando a primeira banda iniciou sua apresentação,
Blúsica Básica, primeiro show da banda, mas no palco estava um power trio com bastante experiência, fizeram uma apresentação curta e precisa, um show só com composições próprias. Rotular Blúsica Básica é a parte mais difícil, se encontra na sonoridade, diversas influências como Lo-fi, Samba, Bossa e rock, lógico, rock calcado básicamente nas bandas inglêsas, um pouco de Muse ali, outra coisi
nha do Radiohead e de vez enquanto uma pitadinha de Los hermanos, e assim o som da banda vai sendo construido. Foi apenas o primeiro show mas, com certeza a banda ja saiu do festival com vários fãs.
A segunda banda a se apresentar foi a já conhecida
Cidadão Dissidente, punk rock tradicional executado com muita competência. A Cidadão... ja é como dizem "macaco velho", tão na estrada a três anos, e fizeram um grande espetáculo, apesar da banda ter trocado de baixista recentemente se mostrou bem entrosada o que ocasionou em uma das melhores apresentações do grupo, o repertório composto por canções do seu disco "Fotografias da minha cidade" entre alguns covers do rock nacional como Camisa de Vênus agitou o festival.
A noite seguia, o público ainda chegava ao CSU, no palco,
Demodê, banda já bastante conhecida na cidade, fazia a segunda apresentação deles com Douglas na bateria, e que apresentação! Demodê iniciou sua história tocando músicas do Rock brasileiro dos anos 80, ainda tem muita coisa no repertório mais agora novos covers foram acrescentados diversif
icando mais o repertório , covers de bandas como Doors, Dr. Feelgood, Jupiter Maçã, levou a galera ao delírio, aliás, a banda tocando "Um lugar do caralho" foi um dos melhores momentos do
Demodê no palco, mas Zé Mário e Cia tem apostado em música autoral também, e Romeu e Julieta já é um hit da banda e contou com excelente execução da banda e grande participação dos presentes.
A banda que veio a seguir era uma incógnita para alguns, mas muito esperada pela maioria.
Os Nó Cego, depois de 1 ano parada, voltou com nova formação e ja havia feito alguns shows na cidade no início deste ano. O som lembra um pouco a Nação Zumbi, mas só um pouco, existe muita guitarra e elementos regionais, além de uma performance única do vocalista Márcio Punk. Quem já tava familiarizado com o som cantou junto com banda os antigos sucessos da Filhos da Erva (Antiga banda de Márcio) , com nova roupagem.
A produtora do evento
Alcatéia Produções é dirigida pelos membros do
Clube de Patifes, apesar do desgaste que é organizar um evento,
Clube de Patifes subiu ao palco com grande disposição e fez um show intenso e com uma energia que contagiou todo o público presente. No repertório canções do novo disco, o que não impediu o público de cantar junto com a banda músicas como Um dia Blue, Mulher de Repente e o Recado, entre outras, os patifes encerraram sua apresentação com uma homenagem a Tim Maia com a música "Santo Reis" e a casa veio abaixo com Sol no Topo, música que abre o primeiro album da banda.
Já passava de 1 da manhã, quando os headbangers presentes se aproximaram do palco . Quem se preparava era a
Metalwar, grande nome do cenário metálico feirense. A banda fez na minha opinião o melhor show que já assistir deles, no set list músicas da primeira demo e do novo material que a banda vai lançar, um EP chamado
Burning Heart, além é claro de covers já aguardado pelo público da banda como Hell Patrol do Judas. O tempo tem passado e a banda só tem melhorado, as novas linhas vocais de Fernando estão muito bem construídas, a cozinha composta por Alan e Rodolfo cada vez mais precisa e entrosadíssima. Depois desse show, o que resta é aguardar o novo EP que pelo que a banda mostrou no palco está do caralho.
O Festival Covil Independente foi um sucesso mesmo, as bandas foram extremamente profissionais, o público se comportou muito bem, e para uma noite como essa nada melhor do que encerrar com chave de ouro, e foi o que fez a
Minothaurus, e pra falar da apresentação da banda digo o que falei sobre o lançamento do album deles "Dead awake" no fim do ano passado, uma palavra para resumir o show, "Perfeição", Minothaurus fez uma apresentação simplesmente impecável! Minothaurus subiu com dois músicos novos no palco, Rafael (Teclado) e Diego (ex-deformity) na guitarra, a banda se mostrou extremamente profissional e provou que não estão pra brincadeira. Falando em guitarras, Victor e Diego foram excepcionais, aliás, a banda está num grande momento, o fato da Minothaurus ter ficado um tempão em estúdio ensaiando, compondo e preparando show, resultou numa grande apresentação e foi uma das melhores bandas do festival. Este show no Covil Indendente mostra que
a banda está pronta pra encarar qualquer palco, seja ele de um grande evento ou não.
É isso, se o público continuar apoiando os eventos que tem acontcido na cidade, a cena de Feira vai voltar a ser uma das mais promissoras do país, o Covil Independente provou que banda pra isso a cidade tem. que venha então a 3ª edição do Covil Independente.
